Hoje, há 755 anos, faleceu o Ramban — Rabino Moshé ben Nachmán, um dos maiores pensadores e comentaristas judeus do século XIII.
O Ramban foi forçado a deixar sua casa e chegou à Terra de Israel e a Jerusalém durante suas andanças.
Em uma carta que escreveu ao seu filho, ele descreveu Jerusalém com as seguintes palavras:
“Não há israelitas dentro dela (ou seja, em Jerusalém), pois desde que os tártaros chegaram, fugiram dali, e alguns foram mortos pela espada. Apenas dois irmãos tintureiros compram o direito de tingimento do governador, e com eles se juntam outros até completar um minyan para rezar em casas aos sábados.”
Ele descreve Jerusalém em sua ruína, com apenas dois judeus: dois irmãos tintureiros que realizavam o trabalho desprezado de tingir peles.
Em uma escavação que realizamos aqui no Muro Ocidental, foram encontrados poços de tingimento que parecem nos enviar uma saudação daquela carta do Ramban, lembrando-nos de que mesmo após uma grande destruição, pode haver redenção e renovação — que, apesar dos tempos difíceis que Jerusalém conheceu, ela conseguiu florescer e se tornar o centro de atração que é hoje.